Jogamos: Mortal Kombat Onslaught (2023) - Acesso Antecipado

Imagem de propaganda na Play Store.

Simmm! O Mortal Kombat Onslaught está disponível não de forma convencional, mas fazendo download diretamente da internet. Eu que não aguento esperar nem um segundo, não pensei duas vezes em baixar (ainda que estivesse com medo de baixar um vírus também).

Você que não está entendendo quase nada, vou explicar: o game mobile RPG intitulado de "Mortal Kombat Onslaught" foi anunciado há menos de um mês, programado para lançar em 2023. No entanto, algumas pessoas supostamente foram agraciadas por uma propaganda no Mortal Kombat Mobile que redirecionava a loja de aplicativos Google Play Store e permitia esses sortudos baixarem o Onslaught diretamente de lá. Não foram muitos que conseguiram, mas alguns deles já disponibilizaram o APK para download na internet para os demais jogadores (como eu) poder usufruir também. 

Confira nossa análise abaixo:

Gameplay simplificada e "automática"

Imagem de propaganda na Play Store.

Muitos jogadores torceram o nariz quando o game foi confirmado de surpresa, sendo este mobile e RPG. Agora torceram ainda mais quando souberam que se trata também de um "idle game", ou seja, gameplay automática com o jogador assistindo mais do que jogando.

Não vou mentir, isso também me decepcionou muito. Ser RPG ou não, não é algo que me incomode, pelo contrário, acho muito interessante a franquia buscar outros gêneros e me remete aquilo que poderíamos ver futuramente em uma remasterização ou sequência do tão elogiado Shaolin Monks (2005). Porém, aqueles que são jogadores do Mortal Kombat Mobile (2015) como eu, esperam mais liberdade de jogatina, com mais variedade de combos e movimentos, algo próximo daquilo que o Injustice 2 Mobile (2017) fez. O que recebemos consegue ser ainda mais limitado do que o MK Mobile pode oferecer e isso não é nada bom.

História: possível linha do tempo alternativa

SPOILER: Cena de abertura do Onslaught (2023)

O mais atrativo do game para todos os jogadores é a promessa de uma "história cinematográfica exclusiva para mobile". E realmente cumpre com o que promete. 

Há dois capítulos disponíveis até o momento que mistura cenas cinematográficas, de fato, que remetem ao que o Mortal Kombat 11 (2019) e a expansão chamada "Aftermath" (2020) proporcionaram – inclusive com todos os personagens e a mesma aparência de lá. Há outras cenas in-game sem áudio dos personagens ao estilo de muitos outros RPGs. Também há muitas lutas em cada capítulo.

Sem spoiler, o enredo em si nos remete a uma linha do tempo alternativa, histórias contadas de forma diferente do que vimos desde o primeiro game MK1 (1992) ou em seu reboot MK9 (2011). Acredita-se que seja realmente algo criado exclusivamente para o mobile sem qualquer relação com os jogos para consoles/PC, assim como a história contada no Modo de Missões do Mortal Kombat Mobile (2015).

Algumas teorias sinalizam que essas cenas cinematográficas tenham sido criadas ainda em 2020 juntamente com a expansão Aftermath para o Mortal Kombat 11 (2019), no entanto, pode ter sido descartada do jogo e reutilizada agora no Onslaught (2023).

Fato ou fake, a verdade é que é uma história bem envolvente e divertida. Vale muito a pena para aqueles que conseguem deixar pra trás tudo que conhece e abrir um pouco a mente para uma espécie de novo "reboot".

Itens/personagens sem uso de dinheiro real

Imagem de propaganda na Play Store.

O que mais me impressionou – e eu realmente estou impressionado até agora – é não haver nenhum item ou personagem com uso de dinheiro real. Passei bastante tempo procurando, pois não estava acreditando. Isso realmente é muito surpreendente vindo de NetherRealm Studios que tem tornado seus jogos mobiles cada vez mais "mercenários". No entanto, por esse ser acesso antecipado, tudo pode mudar no lançamento real do game em 2023.

"Brutalities" disfarçados de "Fatalities"

Há alguns dias, descobri que haviam Fatalities nesse game e funciona de forma parecida ao Mortal Kombat Mobile, ou seja, encaixando um equipamento específico de um personagem. O que vemos, porém, é que mesmo sendo chamado de "Fatality", nada mais é do que Brutality selecionado do MK11. Não, isso não é algo ruim, apenas curioso.

Bons gráficos

Quan Chi com uma aparência que remete ao MK9 (2011)
e Deadly Alliance (2002).

Os gráficos do jogo não são nada mal dentro daquilo que se espera de um game mobile. É possível até dizer que em alguns momentos consegue se sair melhor do que nos demais jogos da categoria da NetherRealm Studios.

Personagens exclusivos: futuro promissor 

Mortal Kombat Armageddon (2006) sempre é referência quando o
assunto é muitos personagens em um game só.

Tanto o Mortal Kombat Mobile (2015) quanto o Mortal Kombat Onslaught (2023) tem algo em comum e animador: ambos tem capacidade e chances reais de serem transformados em "um novo Armageddon", trazendo o máximo de personagens possível.

O MK Mobile já nos mostrou que isso é possível e já esteve nos proporcionando exclusividades ao longo dos anos, como em 2017 em que trouxe Jade e Baraka em uma única atualização. Na época, já havia sido encerrado o suporte ao Mortal Kombat X (2015) e Jade sequer apareceu no game, enquanto Baraka era NPC, ou seja, personagem não-jogável.

Freddy Krueger, Smoke, Shao Kahn (isso antes do MK11 e, até então, ele havia aparecido somente no MK9 como chefe não-jogável) e Kintaro são alguns outros exemplos. Os demais jogos mobiles "irmãos" do MK Mobile por serem da NetherRealm Studios como Injustice: Gods Among Us Mobile (2013) e Injustice 2 Mobile (2017) também seguiram e, o último citado, continua seguindo esse padrão de exclusividade com os personagens do universo da DC.

A gameplay simplificada em comparação às versões para consoles/PC é uma das principais responsáveis por isso e nessa questão o Mortal Kombat Onslaught (2023) consegue ser ainda mais simplificado do que os demais citados, pois é reduzido a movimentos únicos e repetitivos, sem variedade de combos, especiais ou X-Ray/Fatal Blow. Isso aparentemente favorece a criação de exclusivos.

O que a gente gostaria até o lançamento

Cena in-game do Modo História.

Lembremos novamente que tudo isso faz parte de um acesso antecipado do jogo, o que isso teoricamente abriria espaço para mudanças positivas até o seu lançamento, principalmente em meio de tantas críticas por parte dos jogadores em geral.

O que eu particularmente gostaria MUITO era que modificassem o modo de combate – adicionando alguns botões adicionais, um recurso de deslizar os personagens na tela para movimentá-los contra os adversários – de forma que pudessemos ter uma experiência melhor da jogatina. Acho que até 2023, dá tempo sim disso ser feito.

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E você? Já jogou? O que achou do que tem visto sobre o game?